A vasectomia é um procedimento cirúrgico com objetivo contraceptivo definitivo. Realiza-se a interrupção da passagem dos espermatozoides através da secção e ligadura dos canais deferentes. Após a vasectomia, os testículos continuam realizando suas duas funções primordiais: a produção de testosterona e de espermatozoides. Contudo, o sêmen, produzido pelas vesículas seminais e pela próstata não recebe os espermatozoides através dos ductos deferentes, e durante a ejaculação não ocorre a saída de espermatozoides.

A vasectomia sem corte ou sem bisturi (no-scalpel vasectomy) é atualmente considerada a técnica padrão ouro para realização desta cirurgia. É realizada com um instrumento que separa as células da pele, não necessitando de corte e eventualmente nem da utilização de pontos. Normalmente é um procedimento ambulatorial, ou seja, não requer internação hospitalar.

A vasectomia é um procedimento cirúrgico com objetivo contraceptivo definitivo. Realiza-se a interrupção da passagem dos espermatozoides através da secção e ligadura dos canais deferentes. Após a vasectomia, os testículos continuam realizando suas duas funções primordiais: a produção de testosterona e de espermatozoides. Contudo, o sêmen, produzido pelas vesículas seminais e pela próstata não recebe os espermatozoides através dos ductos deferentes, e durante a ejaculação não ocorre a saída de espermatozoides.

O mais importante antes de realizar a vasectomia, é ter um relativo grau de certeza acerca da decisão de não ter mais filhos. Há umaportaria  do Ministério da Saúde do Brasil que regulamenta este tipo de procedimento (Portaria no. 48 de 11/02/1999):
Art. 4º – De acordo com o disposto no Artigo 10 da Lei 9.263, de 12 de janeiro de 1996, que regula o parágrafo 7º da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e da outras providências: somente é permitida a esterilização voluntária sob as seguintes condições:
I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado, a pessoa interessada, acesso ao serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando a desencorajar a esterilização precoce.
A vasectomia é realizada através de pequenas incisões na bolsa escrotal. Normalmente é um procedimento ambulatorial, ou seja, não requer internação hospitalar.

Habitualmente é realizado através de anestesia local, associada à medicação sedativa.

Vasectomia é definitiva?

Sim, a vasectomia é realizada com o intuito de ser um procedimento definitivo. Contudo, como a vida é imprevisível, pode ocorrer de em algum momento futuro, uma nova situação levar um homem a buscar construir uma nova família ou ter outros filhos. Quando um casal em que o homem realizou vasectomia no passado deseja ter filhos, há duas possibilidades: reveter-se cirurgicamente a vasectomia ou realizar métodos de reprodução assistida através de fertilização in vitro e (ICSI), obtendo-se espermatozoides através de punção e aspiração direta no epidídimo.

Posso congelar o sêmen em um banco antes de realizar vasectomia?

Sim, é possível congelar sêmen em um banco de sêmen. Isto geralmente é realizado à partir de no mínimo três amostras de sêmen coletadas e armazenadas após análise. Contudo, em geral para alguém que tem uma dúvida muito grande sobre a realização da vasectomia, em geral recomenda-se outros métodos contraceptivos (preservativo, DIU, anticoncepcionais orais ou injetáveis). O congelamento não é recomendado rotineiramente antes de realizar-se a vasectomia, sendo o principal inconveniente o custo para a manutenção. A meu ver, congelar sêmen quando se tem um certo grau de convicção de ter encerrado a fase reprodutiva parece um pouco paradoxal. Contudo, o homem que toma a decisão de submeter-se à vasectomia é que deve levar em consideração fatores extremamente subjetivos para saber se deseja congelar o sêmen, tais como, como número de filhos, estabilidade do casamento, aspectos psicológicos além de saber que o fato de ter sêmen armazenado o deixa mais tranquilo. É uma decisão extremamente individual neste contexto, e que deve ser respeitada.

Reversão de Vasectomia

A cirurgia de reversão de vasectomia consiste na reconexão através de microcirurgia dos cotos dos ductos deferentes, previamente seccionados durante a vasectomia. É uma das maneiras de se restabelecer a fertilidade para homens que realizaram a vasectomia previamente, com índices elevados de sucesso. A indicação precisa desta técnica cirúrgica deve ser considerada individualmente. A principal alternativa à reversão de vasectomia para quem deseja ter filhos são os métodos de reprodução assistida. Através de punção e aspiração de espermatozoides diretamente do epidídimo, realiza-se métodos de fertilização in vitro (ICSI) para gerar um embrião.

A escolha do método para obter-se uma gestação (reversão de vasectomia vs. Fertilização in vitro) deve ser discutida com seu médico, levando-se em consideração fatores diversos, tais como idade do casal (principalmente da mulher), número de filhos que o casal pretende ter, tempo da vasectomia, situação financeira (em geral a reversão é menos dispendiosa do que os métodos de fertilização in vitro), etc.

O sucesso após a reversão é garantido?

Em medicina, afirmar que o sucesso de um procedimento é 100% garantido geralmente não é possível, e o mesmo ocorre neste caso. Durante a cirurgia de reversão de vasectomia, já realiza-se alguns testes para saber se há espermatozoides no coto do ducto deferente a ser reconectado. Há técnicas indicadas a depender deste achado, como a vaso-vasostomia ou vaso-epididimostomia. O sucesso da reversão de vasectomia depende de diversos fatores, tais como tempo da vasectomia, técnica utilizada na vasectomia, minúcia e precisão durante a reversão, cuidados pós-operatórios, etc.